O terraceamento é uma técnica agrícola de plantio elaborada para a contenção de erosões causadas pelo escoamento da água em áreas de vertentes. Essa técnica é aplicada ao parcelar uma área inclinada em várias rampas. Com isso, as águas das chuvas, ao escoarem superficialmente, perdem sua força, removendo menos sedimentos do solo e causando menos impactos sobre ele.
O terraceamento foi inventado pela Civilização Inca, não somente para conservação dos solos, mas também para a ampliação dos espaços agricultáveis, uma vez que sua localização se dava, em maior parte, na Cordilheira dos Andes, onde existem poucas áreas planas por se tratar de uma forma de relevo geologicamente recente. Atualmente, essa técnica é amplamente utilizada em produções agrícolas no sul da Ásia.
Além de evitar a erosão e ampliar as áreas de cultivo, o terraceamento também é importante no sentido de aumentar o aproveitamento da água, pois, dependendo do tipo de terraço aplicado, as águas das chuvas são armazenadas ou retidas, podendo ser reaproveitadas ou direcionadas para outros lugares.
Apesar de todas essas vantagens, o terraceamento apresenta alguns problemas. O primeiro deles é o alto custo de sua aplicação, que exige um estudo detalhado prévio. Assim, é preciso compreender o tipo de solo e suas características, além de dimensionar corretamente os níveis dos terraços conforme a área e a declividade do terreno, pois, caso contrário, em vez de se evitar erosões, pode-se agravá-las.