A primeira referência ao maracujá no Brasil foi em 1587 no Tratado Descritivo do Brasil como "erva que dá fruto". Maracujá é uma denominação indígena, de origem Tupi, que significa "alimento em forma de cuia".
Porém, foi NIC. MONARDIS quem, em 1569, descreveu a primeira espécie do gênero Passiflora, a saber P. incarnata L., mas sob o nome de Granadilla. Essa planta, considerada extraordinária pela conformação de suas rubras flores, foi mandada de presente ao Papa Paulo V (1605-1621), que mandou cultivá-la com grande carinho em Roma e divulgar que ela representava uma revelação divina. Devido a beleza e a característica física de suas flores, a planta foi relacionada com a "Paixão de Cristo". Desse detalhe surgiu o nome do seu gênero botânico, sendo passio o equivalente a paixão e flos oris o equivalente a flor.
O maracujá, de um modo geral, também é conhecido como "flor da paixão". Atualmente, existem três espécies que são as mais conhecidas e difundidas pelo Brasil: Passiflora edulis Sims., o maracujá-roxo; Passiflora edulis f. flavicarpa Deg., o maracujá-amarelo, variedade oriunda do maracujá-roxo e o Passiflora alata Dryand., conhecido popularmente como maracujá-doce, maracujá-grande ou maracujá-mamão. Outra espécie conhecida no Brasil é o Passiflora quadrangularis Linn., conhecida como maracujá-açu ou maracujá-melão. Na figura acima, de cima para baixo e da esquerda para a direita, maracujá-amarelo, maracujá-doce, maracujá-roxo e maracujá-melão.