Sendo conhecida também por "fruta-do-dragão" ou "dragon fruit", a pitaia ou pitaya é uma fruta que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. A fruta, da família cactaceae, é típica de regiões de clima quente e teve sua origem no México, e a palavra pitaia é originária do idioma taíno tendo como significado fruta escamosa. Esse nome é atribuído a diferentes espécies, as quais se diferenciam pela cor da casca e polpa do fruto.
A espécie H. undatus passou a ser cultivada no Brasil em 1990, no estado de São Paulo, sendo a região de Catanduva a principal produtora, mas na década de 2000 outras espécies do mesmo gênero foram introduzidas, como H. polyrhizus, e também foi reportada uma pitaia nativa do Brasil, denominada pitaia do Cerrado (Selenicereus setaceus), sendo registrada também em regiões de brejo de altitude no estado da Paraíba.
Atualmente, a região Sudeste do Brasil é a principal produtora do país, onde a cultura da pitaia se aclimatou muito bem, com produção de frutos nos meses de dezembro a maio, e produtividade média anual de 14 toneladas de frutos por hectare.
Diversos plantios estão distribuídos pelo nosso país, sendo alguns desses na região da Chapada do Apodí, nos municípios de Limoeiro do Norte e Quixeré, estado do Ceará, totalizando aproximadamente 15 hectares da cultura, onde as plantas produzem frutos o ano inteiro, com pequeno decréscimo nos meses mais chuvosos, que geralmente vão de janeiro a abril, e a produção é comercializada nas principais redes de supermercados de Fortaleza, capital do Estado, a preços elevados.
No Brasil, as variedades disponíveis comercialmente são: H. undatus, fruto externamente apresentando cor vermelha-rosa, com polpa branca e sementes escuras, muito similar ao fruto do Cereus jamacaru P. DC. (mandacarú). A espécie H. costaricensis ou H. polyrhizus, são as chamadas pitaias vermelhas, que além de cor avermelhada-rosa na casca, apresentam polpa vermelha-púrpura brilhante, similar ao fruto do Pilosocereus pachycladus (cacto azul), e a pitaia de casca amarela com espinhos e polpa branca, da espécie Selenicereus megalanthus, muito difundida na Colômbia e ainda pouco divulgada no Brasil.
Atualmente produtores brasileiros estão ampliando áreas e novos produtores estão se tornando adeptos da cultura. Muitos estudos ainda são necessários a fim de produzir frutos com qualidade no Brasil, para atender as demandas dos mercados, inclusive o nacional, que vem crescendo gradativamente, em virtude das informações disponibilizadas pelos meios de comunicação em massa.
Fonte: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/137850/1/ART15058.pdf