Praticada desde as antigas civilizações que se desenvolveram em regiões secas, a irrigação em larga escala é, entretanto, prática recente em regiões de características físico-climáticas mais favoráveis para o desenvolvimento da agricultura de sequeiro, ou seja, onde a quantidade e a distribuição espacial e temporal das chuvas são capazes de suprir a necessidade hídrica das culturas.
No Brasil, a irrigação teve início entre o fim do século XIX e o início do século XX nas lavouras de arroz do Rio Grande do Sul, sendo um importante polo de irrigação desde então. O início da operação do reservatório Cadro em 1903, cuja construção foi iniciada em 1881, foi um importante marco desse processo. Registra-se também a ocorrência de iniciativas pontuais de irrigação no Semiárido nessa fase inicial, em especial com a construção de açudes públicos de usos múltiplos.
A irrigação se intensificou no Brasil a partir das décadas de 1970 e 1980, devido à expansão da agricultura para regiões de características físico-climáticas menos favoráveis, aos benefícios observados na prática e às importantes iniciativas governamentais de incentivo ao desenvolvimento agrícola.
Fonte: Atlas Irrigação – Uso da Água na Agricultura Irrigada (Agência Nacional de Águas).