Agricultura sustentável é uma forma de respeito ao meio ambiente e à saúde dos consumidores. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), essa prática envolve fatores como conservação do solo, da água e dos recursos genéticos animais e vegetais, conservação ambiental e uso de técnicas apropriadas, economicamente viáveis e socialmente aceitáveis.
A partir da década de 1980 as discussões sobre os impactos ambientais e sociais da agricultura convencional se uniram às questões ambientais globais (destruição de florestas, chuvas ácidas, acidentes ambientais, efeito estufa), saindo do ambiente agronômico e das instituições e atingindo os consumidores. O termo "Agricultura sustentável" surgiu nessa época devido à essas preocupações com a agricultura considerada convencional e a sua preocupação em somente aumentar a produção com o crescimento da população mundial, os consumidores estavam preocupados com a qualidade dos alimentos que estavam ingerindo e com os danos da prática ao meio ambiente. Surgiu, desse modo, a maior interferência nos meios de produção por meio da demanda de produtos saudáveis, que fossem produzidos respeitando o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores. Neste contexto, o Relatório de Brundtland foi fundamental para que o conceito de sustentabilidade, antes restrito a outros ramos da economia, fosse estendido para a agricultura. Também intitulado "Nosso Futuro Comum", foi elaborado em 1987 pela CMMAD - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
Destacam-se no Brasil pesquisadores que contribuíram de grande forma para o desenvolvimento da prática, uma vez que contestaram o modelo vigente e apresentaram propostas de um novo padrão produtivo. São eles: Adilson Paschoal, Ana Maria Primavesi e José Lutzemberger.
No nosso país, as organizações não governamentais - ONGs, como grandes representantes das preocupações e problemas enfrentados pela nossa sociedade, exerceram um papel fundamental no desenvolvimento da agricultura sustentável em suas diferentes vertentes, sendo responsáveis pela pressão para que haja políticas públicas no setor. Ainda na década de 80, surgiram várias ONGs voltadas para a "agricultura alternativa", termo que foi substituído numa fase seguinte por "agricultura ecológica". Atualmente, o termo "agricultura orgânica" é comumente utilizado de forma abrangente, para designar as diferentes vertentes.
Fonte: http://arquivo.ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/13-agricultura-sustentavel1.pdf